Apesar do jejum de títulos, Inter teve gasto recorde com futebol no primeiro semestre
A escassez de títulos se mantém como se uma sina dos colorados fosse, mas não dá para dizer que ela exista por falta de dinheiro. O Inter investiu e muito nos últimos anos para quebrar o jejum contratando jogadores e mantendo um grupo caro, sem sucesso. Porém, o clube jamais gastou tanto com futebol como nos primeiros seis meses de 2024. Mesmo sem chegar à final do Gauchão, avançar na Copa do Brasil ou na Sul-Americana, o Inter desembolsou R$ 131,2 milhões com o pagamento de salários, direitos de imagem, encargos de jogadores e comissões técnicas (o valor inclui todos os atletas com contrato profissional, incluindo o futebol feminino) no primeiro semestre do ano. Isso representa uma média superior a R$ 21,8 milhões mensais, um recorde histórico.
O valor foi divulgado nesta terça-feira no Portal da Transparência do próprio clube. Ele abrange salários e encargos, mas não inclui despesas com aluguel ou aquisição de direitos federativos, nem outros custos relacionados ao futebol, como logística. Ou seja, trata-se exclusivamente da folha de pagamento.
Em um encontro com jornalistas no final de setembro, o presidente colorado afirmou que a folha já sofreu uma redução na última janela, com a saída de jogadores importantes como Maurício, Bustos, Aránguiz e Robert Renan. Embora tenha havido reposição, os jogadores que chegaram têm um custo inferior aos que saíram, gerando uma economia de cerca de R$ 8 milhões até o final do ano.
Apesar do valor elevado, o presidente Alessandro Barcellos garantiu que não há risco de atraso nos pagamentos aos jogadores. “Não vai faltar dinheiro para pagar salários e os direitos de imagem dos jogadores. Temos um planejamento para manter o fluxo de caixa. Estamos com todas as nossas obrigações em dia e isso permanecerá assim até o final da temporada”, afirmou o dirigente, há menos de duas semanas.
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